Emagrecer e ter uma vida saudável é um objetivo muito buscado, porém para se ter êxito, a disciplina vai muito além dos planos alimentares e dos exercícios constantes.
Os inimigos ocultos na mente são os principais vilões de quem tenta alcançar a meta do emagrecimento.
Conjunto de pensamentos, sentimentos, padrões de fala, de crenças limitantes e hábitos que são realizados de forma inconsciente, são os principais fatores que atrapalham esse processo. Por fazer parte de atitudes impensadas, é difícil identificar, ou perceber a real armadilha que eles produzem.
O nosso cérebro possui dois sistemas: o racional e o emocional. O primeiro representa escolhas conscientes, é a razão, e traz uma recompensa tardia positiva. Quando ele é dominante, o emagrecimento acontece sem sofrimento. Já o segundo, de acordo com a neurociência, representa o emocional e as escolhas que fazemos são feitas a partir das emoções.
Nesse sistema, a emoção domina tudo e traz uma recompensa de prazer imediato de satisfação ao comer, mas gera uma recompensa tardia desastrosa.
Existem diversas atitudes que podem levar alguém que está acima do peso a sabotar o emagrecimento. Todas estão dentro da mente, e acabam acontecendo sem que a própria pessoa se dê conta. Já foram descobertos 23 sabotadores do emagrecimento, porém a grande questão é saber o quão presentes eles estão na vida de cada pessoa.
Um exemplo claro de um sabotador que pode ser desenvolvido já na vida adulta é o de uma mulher que está casada há anos e, de repente, se separa, após a descoberta de uma traição. Esse fato se torna um gatilho mental capaz de trazer à tona o desejo de nunca mais se entregar para nenhum homem, por acreditar que todos serão absolutamente iguais.
Com isso, passa a utilizar a comida como refúgio de sentimentos e como forma de afastar-se dos homens, engordando para não ser desejada por eles, mesmo de forma inconsciente.
Esses autossabotadores dialogam com as pessoas o tempo todo. O processo nada mais é do que um sistema de defesa utilizado para sobreviver aos desafios da vida. Isso acontece desde a infância, quando a criança aprende a manter sua zona de segurança. É comum usar essas “defesas” para lidar com os desafios da vida, mas, também, para justificar suas falhas e motivações. Por isso, os sabotadores sempre têm um ganho secundário.
Se todos nós sabemos que para fazer a manutenção da saúde é preciso praticar atividades físicas, então por que a grande maioria das pessoas não coloca esta rotina em prática? Falar de atividade física, qualidade de vida e o que a prática de esportes pode trazer de retorno positivo na vida de uma pessoa sempre esteve em alta.
A importância de assumir uma vida saudável, buscar um envelhecimento tranquilo, se dedicar a um esporte e conquistar a sua liberdade e saúde não é mais novidade para ninguém. Contudo, mesmo assim, o que vemos é outra realidade: os brasileiros não querem se exercitar mesmo sabendo que faz bem pra saúde.
Um dos principais motivos para que isso ocorra é que o cérebro humano é o órgão mais preguiçoso do corpo humano. E esta afirmação vem de uma pesquisa séria da Universidade Simon Frase, no Canadá, que basicamente descobriu que o nosso cérebro automatiza grande parte da nossa rotina e tenta literalmente sabotar todas as novas atividades que tentamos introduzir.
Sendo, assim se você é sedentário, terá muitas dificuldades em iniciar uma atividade física.
A menos que você persista ao longo dos dias até que a sua mente comece a entender que agora ela possui determinada rotina de se exercitar e passe a programar este registro nas suas atividades diárias.
Um comportamento que influencia diretamente em seu resultado é : Como são feitas as suas escolhas alimentares: pela razão ou pela emoção? Você já se pegou comendo alguma besteira para compensar algum estresse, ou algo que deu errado no seu dia? Se a sua resposta for sim, você é uma pessoa que faz escolhas a partir da emoção.
Isso significa que, de algum modo, as carências emocionais daquela pessoa acabam sendo “supridas” pela comida. É como se a comida fosse a recompensa por algo que deu de errado no seu dia. Esse é outro grande erro que o cérebro nos leva a cometer, e compromete todo o processo.
Quem está tentando perder peso há um tempo provavelmente está cansado de ouvir que deve construir metas e traçar estratégias para chegar aonde quer. Mas o que muita pouca gente diz é que, antes de tudo, é preciso mudar a forma de se comportar.
É preciso treinar a mente diariamente para “quebrar” determinados padrões de comportamento, que provavelmente já se tornaram hábitos. Por exemplo, se a pessoa escolhe o que vai comer a partir das emoções, como explicado anteriormente, isso provavelmente já se tornou um hábito e precisa ser mudado.
Para conseguir atingir os resultados esperados a pessoa irá precisar do sistema emocional para controlar o sistema racional. E ela fará isso de uma forma simples: dando um novo significado (ressignificando) ao processo de emagrecimento. Pense no por que você está tentando emagrecer, mas procure pensar de forma emocional, e não racional.
Dando um novo significado emocional a esse momento ou desejo é que se consegue mudar um comportamento. As decisões e ações conscientes que uma pessoa cria ou pratica hoje começam em um simples pensamento.
No caso do emagrecimento, um exemplo desse sabotador é quando você decide iniciar uma dieta ou se exercitar, mas, em vez disso a pessoa continua sedentária e começa a comer as coisas mais gordurosas e doces. Ele leva a encontrar defeitos em si mesmo, nos outros, nas situações e em absolutamente tudo.
Além disso, ele gera a maior parte da sua ansiedade, estresse, raiva, decepções, vergonhas e culpas. É possível que a pessoa viva focada naquilo que está ou que pode dar errado, faz constantes comparações do que é superior e inferior a cada um. Geralmente se apegam aos fracassos do passado e deixam de dar passos fundamentais para conquistar seus resultados.
Na maior parte das vezes, esses sabotadores geram pensamentos que estão ligados a todo sentimento negativo, como, por exemplo: “O que tem de errado comigo? As coisas nunca dão certo para mim! Somente comigo acontece isso! Eu não sou capaz de fazer algo melhor! Todos conseguem, menos eu! Eu nunca vou conseguir emagrecer! Já tentei de tudo e não dá certo!”.
Dessa forma, esse sabotador traz à tona a culpa, arrependimento, decepção, frustação, angústia e ansiedade, de forma constante, gerando grande propensão ao estresse e à depressão. Um ponto muito importante e que precisa de atenção é a dificuldade em entender que esta é a autossabotagem, que interfere nos sonhos, na liberdade e principalmente nos resultados.
Após a descoberta é possível reprogramar a mente com crenças positivas e que sustentem o processo de emagrecimento. Reprogramar a mente fará com que exista uma relação melhor entre indivíduo e seus objetivos, suas escolhas e seus resultados diante da comida.
Derrubando as barreiras emocionais e mentais, você terá menos limitações e crenças negativas na possibilidade de emagrecer, passando, então, a acreditar, com muito mais clareza e leveza, na conquista de uma vida mais saudável.
Um conselho que dou é não desistir e ter plena consciência que a sua saúde é mais importante. Depois disso é preciso continuar a treinar.
Persevere nos primeiros dias de treino e não deixe a peteca cair, é importante mostrar para o seu cérebro quem está no comando e entender que este investimento na preguiça é uma questão momentânea que vai acabar conforme as semanas de práticas de atividades físicas, pois depois com o tempo, o seu cérebro vai começar a liberar substâncias como a endorfina, hormônio responsável pelo prazer, após o treino e isso fará com que o corpo e a mente sintam-se felizes na manutenção da saúde por meio das atividades físicas.
Afinal, cuidar do nosso corpo hoje, poderá nos garantir uma longevidade saudável no futuro!